domingo, 19 de janeiro de 2014

Aula: Cartografia

Tudo começou quando o homem pré-histórico passou a desenhar no interior das cavernas a localização de seu entorno. Foi assim que surgiram os primeiros mapas. A medida que o homem foi conquistando novos espaços, cruzando mares e aprimorando as técnicas cartográficas, os mapas se tornaram mais sofisticados. Hoje, com a ajuda de poderosos satélites, até mesmo as mais inóspitas regiões do planeta são reproduzidas com alta precisão.
Com o passar dos séculos, os mapas tiveram importantes funções estratégicas: ajudaram a impulsionar a expansão marítimo-comercial  europeia no século XV e atualmente são fundamentais para que as administrações públicas desenvolvam projetos de organização territorial. Com os mapas é possível realizar vários tipos de levantamento, seja ele político, socioeconômico ou ambiental. Por isso eles são imprescindíveis no estudo da geografia física e humana e à compreensão dos principais temas que movem o mundo.
Qualquer representação geométrica da superfície terrestre, ou mesmo parte dela, pode ser considerada um mapa - desde o desenho pouco apurado do homem pré histórico até o mais completo planisfério produzido pela Nasa recentemente. Sejam eles rudimentares, sejam eles complexos, é importante ressaltar que os mapas possuem uma linguagem própria, com símbolos, indicadores e representações que facilitam sua interpretação. Conheça mais os recursos utilizados pelos cartógrafos para reproduzir diferentes informações gráficas:


Coordenadas Geográficas:                                 

Para determinar qualquer ponto da superfície terrestre com precisão, criou-se um sistema que quadriculou o planeta por meio do estabelecimento de duas coordenadas geográficas:

  • Os meridianos são linhas imaginárias verticais que cortam a terra no sentido norte-sul, de um polo a outro do globo.
  • Os paralelos são linhas imaginárias horizontais, perpendiculares aos meridianos, que cortam a terra no sentido leste-oeste
Os meridianos nos indicam a longitude, que é a distância expressa em graus entre uma região no mapa e o ponto zero - o meridiano de Greenwich.
Os paralelos determinam a latitude, que também expressa em graus, e nos indica a distância entre um local no planisfério e um ponto zero - a linha do Equador.
Para visualizar uma localização específica de um ponto na superfície terrestre, é só fazer o cruzamento do meridiano com o paralelo, como em um daqueles antigo jogos de batalha naval, e obter dados de longitude e latitude. Veja abaixo:


Fusos Horários:

Em 2008, o Brasil passou a contar com três fusos horários, em vez de quatro. Com a medida, os fusos do estado do Acre e da parte do Amazonas e do Pará foram modificados.
Oficialmente, mudar os fusos é uma questão teórica. A principio, eles são determinados pelos meridianos, linhas imaginárias traçadas de um polo a outro da Terra. São 24 fusos, obtidas a cada 15º da esfera completa de 360º - a divisão foi feita assim porque, em razão da rotação da Terra, as várias porções da superfície terrestre são iluminadas de forma diferenciada no decorrer do dia, que tem 24 horas. Assim, cada um dos 24 fusos corresponde a uma hora. O ponto de referência do horário mundial é a hora de Greenwich (GMT), na faixa do meridiano que corta a cidade de Greenwich, na Inglaterra - indo para leste, adianta-se o relógio; e para oeste, deve-se atrasá-lo.
Mas, como os limites das linhas são uma convenção, os fusos acabam sendo maleáveis. No caso do Acre, por exemplo, o que se deu foi uma leve adaptação do meridiano. E essas mudanças ocorrem no mundo todo. Em 2010, a Rússia, que, com sua vastidão territorial, decidiu reduzir para "apenas" nove.

Com a entrada do horário de verão, o Brasil mantém seus três fusos, mas muda a disposição deles, pois as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do estado do Tocantins, adiantam o relógio em uma hora. O objetivo é aproveitar a luz solar, já que durante o verão, ao sul da linha do Equador, o Sol nasce mais cedo e se põe mais tarde. A medida provoca uma importante redução de energia.

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