domingo, 15 de dezembro de 2013

Questões Discursivas: Relevo

1) Comente sobre as estruturas geológicas da litosfera.
2) O que são depressões?
3) (UFPR) Cite e explique quais são os fatores que participam do processo de formação dos solos.
4) Conceitue Intemperismo físico e intemperismo químico.
5) Dê exemplos de planaltos, planícies e depressões no território brasileiro
6) O que são escarpas?
7) Quais são os agentes endógenos e exógenos do relevo?
8) O que é orogênese e  epirogênese?
9) Quais são os três tipos de rochas. Exemplifique.
10) Explique:                         
a) Tectonismo
b) Abalos Sísmicos

SUGESTÕES DE RESPOSTAS:

1) Escudos Cristalinos: São terrenos mais antigos da crosta terrestre, formado pelo choque de massas continentais ocorridos há centenas de milhões de anos durante a era Pré-Cambriana (Arqueozóica e Proterozóica). Os escudos cristalinos são constituídos de rochas magmáticas, ou seja, trata-se do magma - material líquido-pastoso proveniente do manto - em estado sólido.
Bacias Sedimentares: Foram formadas nas eras Paleozoica e Mesozoica, com a erosão das rochas dos escudos cristalinos - após o desgaste dos maciços, seus sedimentos forma depositados em regiões mais baixas. O acúmulo desses detritos, somado aos restos orgânicos, leva à formação de rochas sedimentares pelo processo de litificação.
Dobramentos Modernos: Trata-se de formações mais recentes da crosta terrestre, surgida de choque das placas tectônicas ocorrido entre o fim da Era Mesozoica e início da Cenozoica. As rochas são mais flexíveis e situam-se na zona de contato entre as placas tectônicas. Nessa região de grande instabilidade e frequentes movimentos sísmicos encontram-se montanhas e vulcões ativos e extintos.
2) Superfícies formadas por processos erosivos, com suave inclinação e menos irregulares que os planaltos. As depressões podem ser formadas de várias maneiras: por deslocamento de terreno, remoção de sedimentos, dissolução de rochas ou até por queda de meteoritos. A depressão relativa é quando uma superfície se localiza em altitude inferior à de regiões próximas, já depressão absoluta está abaixo do nível do mar.
3) Os processos que participam na formação do solo são processos erosivos. Intemperismo químico e físico estão relacionados. Água e ventos estão diretamente relacionados. Um exemplo é as dunas do deserto que se movimentam conforme o vento.
4) Intemperismo Químico: Ocorre quando a rocha tem sua composição química alterada pelo efeito da água e da umidade no decorrer dos anos, provocando a sua decomposição. Intemperismo Físico: Consiste na fragmentação das rochas por meio de alguns seguintes processos: Variação de temperatura, solidificação da água. e raízes de plantas
5) Planaltos: Planalto Central.
Planícies: Planície Litorânea.
Depressão: Depressão do Araguaia.
6) É uma elevação súbita do solo, superior à 45 º, caracterizada pela formação de um penhasco ou uma encosta íngreme.
7)  Endógenos: Tectonismo, vulcanismo e abalos sísmicos.
Exógenos: Erosão e Intemperismo
8) Epirogênese: Movimento das placas na vertical. O movimento para cima denomina-se soerguimento e para baixo subsidência.
Orogênese:  É o movimento das placas tectônicas na horizontal. Na orogênese o movimento pode ser convergente quando duas placas se chocam ou divergente quando se separam
9) Rochas Magmáticas: Extrusivas: Basalto. Intrusivas: Granito
Rochas Sedimentares: Calcário, Arenito e Carvão.
Rochas Metamórficas: Mármore
10)  Tectonismo: São lentos deslocamentos das placas tectônicas que podem ser na horizontal ou na vertical.
Abalos Sísmicos: São tremores na superfície terrestre causado pelo movimento das placas tectônicas ou em virtude da grande energia liberada pelo vulcanismo.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Aula: Estrutura Interna da Terra

Um dos métodos usados pelos cientistas para explorar a Terra consiste em medir os fenômenos naturais que ocorrem em sua superfície e interpretá-los em função das propriedades internas do planeta, ou através do estudo das ondas sísmicas emitidas pelos terremotos. Ao percorrerem a Terra, essas ondas sofrem alterações bruscas de direção e velocidade em determinadas profundidades, estabelecendo assim principais divisões do planeta: crosta, manto e núcleo.

A Crosta:

A camada mais externa da Terra, a crosta, é responsável por cerca de 0,6% do volume do planeta. A espessura média da crosta oceânica é de 5 a 9 km, variando relativamente pouco em todo o mundo. Já a crosta continental possui espessura média muito superior (30 a 40 km) e é muito mais variável.
As rochas que formam a crosta continental são bastante variadas, sendo constituída por lava vulcânica, enormes blocos de granito e sedimentos depositados em águas rasas quando partes dos continentes estavam submersas. Sua composição média assemelha-se à do granito e seus elementos mais comuns (além do oxigênio) são silício e alumínio. A crosta oceânica possui a composição muito mais uniforme e, a não ser por uma fina cobertura de sedimentos, consiste predominantemente de basalto, provavelmente apoiado sobre gabro. Além do oxigênio, seus elementos mais comuns são também silício e alumínio,embora que possua mais magnésio que a parte superior da crosta continental.
A composição da parte inferior da crosta continental, da qual não se tem amostras diretas, é incerta, mas a rocha predominante é, com toda a certeza, diferente de sua parte superior, porque as ondas sísmicas a percorrem com velocidade mais alta.

O Manto:

O manto terrestre estende-se da base da crosta até uma profundidade de cerca de 2.900 km e é responsável por cerca de 82% do volume da terra. A divisa entre a crosta e o manto é chamada de descontinuidade de Mohorovicic.
Acredita-se que o manto consista predominantemente de peridotita, rocha que contém altas proporções de ferro, silício e magnésio, além de oxigênio. O manto é inacessível, mas as evidências a respeito de sua composição são obtidas a partir de rochas da superfície terrestre que parecem ter se originado no manto. Embora sólido em sua maior parte, o manto contém uma camada parcialmente fundida, devido à altíssima temperatura.

O Núcleo:

O núcleo estende-se da base do manto até o centro da Terra e é responsável por 17% do seu volume total. A descontinuidade entre o manto e o núcleo é chamada de descontinuidade de Gutenberg. O núcleo, na realidade, compreende duas partes distintas . O núcleo externo, líquido, atinge uma profundidade de cerca de 5.155 km. O núcleo interno, sólido, é composto principalmente de ferro, embora medidas da velocidade de rotação de Terra indiquem ser a densidade nessa região ligeiramente inferior à do ferro puro. Deduz-se, portanto, que o núcleo contém pequena proporção (5 a 20%) de algum elemento mais leve - provavelmente enxofre, silício, carbono, hidrogênio e oxigênio

Fig. 1 - A estrutura interna da Terra

O Campo Magnético:

A Terra possui um campo magnético, o que faz a agulha da bússola apontar aproximadamente para o norte em quase todos os lugares da superfície da Terra. Mas onde esse campo é gerado?
O campo magnético possui duas partes. Em sua quase totalidade, funciona como um dipolo simples; é como se houvessem um ímã gigante no centro da Terra (com inclinação de 11º em relação ao seu eixo de rotação). Uma pequena porção do campo, porém, é muito mais complicada e se altera com grande rapidez. É por isso que, de ano para ano, observa-se uma ligeira mudança na direção que a agulha da bússola aponta. Essa rápida mudança indica que o campo magnético deve ser gerado em uma parte fluida da Terra, pois nenhuma região sólida seria capaz de se reorganizar com tal rapidez sem provocar a fragmentação do planeta. A única zona líquida do interior da Terra é seu núcleo externo.
Esta explicação tem relação com um outro aspecto. A única forma concebível de um campo magnético ser gerado dentro da Terra é através do fluxo de correntes elétricas fortíssimas, que precisam de um condutor. O núcleo da Terra é a zona que apresenta a maior capacidade de condução, pois é composto principalmente de ferro. Os silicatos do manto não seriam capazes de conduzir com tanta eficiência.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Aula: Ecossistemas Terrestres

Florestas Tropicais:

A verdadeira floresta tropical úmida está confinada a uma estreita faixa próxima ao equador, onde ocorre pouca mudança de clima entre as estações, e a temperatura e a precipitação são sempre altas. As florestas tropicais contém mais matéria viva por unidade de área que qualquer outro ecossistema - geralmente mais de 45 kg/m².
A exploração da madeira e as queimadas contribuem para a diminuição das florestas tropicais no mundo todo. A área perdida a cada ano está, provavelmente, entre 75.000 e 140.000 km². Além da perda de espécies, a destruição das florestas pelas queimadas libera grandes quantidades de dióxido de carbono na atmosfera, intensificando o efeito estufa e o aquecimento global.
 

Savanas:

As savanas (cerrado) são mais características da África Central e Oriental e da América do Sul, ao sul da Bacia Amazônica. Nessas áreas,as altas temperaturas persistem por todo o ano, mas as chuvas limitam-se aos cinco meses da estação úmida. As são dominadas por gramíneas que tem a propriedade de crescer a partir da base de suas folhas - se as extremidades forem comidas, podem continuar crescendo a partir da base. As árvores da savana, como acácias e os baobás, são igualmente bem adaptadas a alternância de estações de seca e de chuva.
As características mais notáveis da vida animal são a abundância e a diversidade de herbívoros. Na savana africana, entre os que se alimentam de brotos, estão o elefante, e a girafa, enquanto o gnu, a zebra e outros forrageiam. 
Uma das maiores ameaças à savana é a sua exploração para a pecuária, que pode levar a desertificação e, consequentemente, perda de sua produtividade potencial.

 

Desertos:

Os desertos cobrem mais de um terço da superfície terrestre. Os desertos quentes, como os da África, do Oriente Médio e da Austrália Central, situam-se na faixa de alta pressão subtropical ao norte e ao sul do equador. Apresentam altas temperaturas durante todo o ano e precipitação muito baixa. O clima seco de outros desertos, como o Deserto de Gobi, na Ásia Central, deve-se ao seu distanciamento geográfico do mar, o que impede a chegada de ventos úmidos.
A densidade da vegetação em terras áridas é baixa. Muitas plantas desenvolveram métodos elaborados de proteção contra o calor excessivo e a seca. Algumas possuem sistemas de raízes profundas e extensas, enquanto outras, como os cactos do novo mundo, fabricam uma esteira fibrosa na superfície do solo para captar o orvalho e armazenar água em seus troncos suculentos e sempre verdes.


Floresta Temperada:

A zona temperada é ampla e contém muitos tipos de florestas. Em boa parte da Europa e da América Oriental, a floresta característica é dominada por árvores decíduas de folhas largas, enquanto mais ao norte ocorre uma mistura de coníferas. Normalmente, há um período desfavorável ao crescimento durante o ano devido ao verão pronunciado nas zonas temperadas mais quentes ou ao inverno rigoroso nas latitudes mais altas. Uma resposta característica das plantas é a queda das folhas. Embora a estrutura da floresta temperada seja mais simples que a da floresta tropical, ela ainda é suficientemente complexa para permitir diversos tipos de animais.
O maior problema enfrentado pelas florestas temperadas é a sua fragmentação, causada por milhares de anos de pressão humana. Na Europa, resta apenas uma minúscula porção das florestas originais.

   

Campos Temperados:

Algumas áreas temperadas apresentam uma média de chuvas muito baixa para manter a cobertura de florestas. Essas áreas normalmente tem uma vegetação predominante de gramíneas e plantas herbáceas e uma fauna na qual os herbívoros predominam. Os campos temperados ocorrem, na maioria das vezes, nas regiões centrais dos principais continentes, afastados do mar, onde a precipitação é baixa e há uma ampla variação sazonal de temperatura. Tais campos recebem nomes diferentes em várias partes do mundo: estepes na Ásia e na África do Sul, pampas na América do Sul e pradarias na América do Norte.
Em seu estado natural, esses campos eram ricos em grandes herbívoros, como bisões europeus e norte americanos, antílopes, emas e guanacos. Muitos desses animais tiveram o seu número drasticamente reduzido pela agricultura. A pastagem excessiva pode levar a desertificação. Resultado semelhante tem ocorrido quando se transformam pradarias em plantações.

  

Vegetação Mediterrânea:

Uma parte das áreas temperadas quentes do mundo é caracterizada pelo clima mediterrâneo, em que verões secos se alternam com com invernos moderados e úmidos. Não se encontra esse tipo de clima apenas nas proximidades do Mediterrâneo, mas também em algumas áreas da Califórnia, Chile, África do Sul e sul da Austrália. Essas áreas possuem água suficientes para manter a vegetação de floresta, mas uma alta frequência de incêndios, muitas vezes acompanhado por pastagem excessiva, geralmente reduz essa vegetação.
Nas áreas mediterrâneas, predomina uma mistura de arbustos decíduos e sempre verdes. O maior problema nos habitats  mediterrâneos tem sido a derrubada da floresta, mas, atualmente, a pastagem intensiva e os repetidos incêndios provavelmente causam o maior impacto.

Taiga:

As regiões mais frias da zona temperada, não são capazes de sustentar a floresta decídua de folhas largas, mas são providas de árvores coníferas de folhas aciculadas, muitas das quais são sempre verdes. Essas regiões são chamadas de floresta boreal ou taiga. Poucas árvores de folhas largas, como o vidoeiro e o álamo, conseguem enfrentar os invernos rigorosos e a abundância de nevadas, condições para as quais o pinheiro, o abeto, e a maioria das outras coníferas estão bem adaptadas. Os invernos rigorosos restringem o número de animais que conseguem sobreviver nesse habitat.
A exploração feita pelo homem para a silvicultura é a principal ameaça para a sobrevivência para a taiga natural. Esse tipo de floresta é também particularmente sensível a chuva ácida.

Tundra e vegetação alpina:

Nas regiões polares, os invernos são longos, escuros e muito frios e, durante o ano há muito pouca precipitação. Essas condições levam ao desenvolvimento de vegetação de tundra, com arbustos baixos e forragem perenes, e de baixa diversidade biológica. Entretanto esse habitat é notável pelas adaptações encontradas entre plantas e animais para enfrentar um ambiente tão estressante.
Em muitos casos, as altas montanhas em latitudes mais baixas, apresentam um clima muito semelhante ao da tundra. Contudo, muitas características são muito diferentes. No habitat alpino os dias são mais curtos no verão e mais longos no inverno. Como o sol se encontra mais alto no céu, as temperaturas durante o dia podem ficar muito mais altas, provocando maior oscilação diária de temperatura. A precipitação também é normalmente mais alta, de forma que se pode acumular uma cobertura substancial no inverno, protegendo as plantas e animais das temperaturas mais baixas.