terça-feira, 27 de agosto de 2013

Aula: As Cinco Regiões Brasileiras

Quinto maior país do mundo, o Brasil conta com um território de 8.515.797 km² de extensão. Com todo esse tamanho, para efeitos administrativos, o território é dividido em cinco regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Essa divisão regional fica por conta do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem como objetivo reunir estados com traços físicos, econômicos e sociais comuns, o que ajuda no planejamento de políticas voltadas para áreas com necessidades semelhantes.
                                 
Norte:

É formada por sete estados (Acre, Amapá, Amazônas, Rondonia, Roraima e Tocantins), a região é banhada pelas bacias Amazônica e do Tocantins. E todo o norte predomina o clima equatorial. A floresta Amazônica, a vegetação é mais abundante, é uma das áreas com maior biodiversidade do planeta. Esse patrrimônio, contudo, está ameaçado pelo desmatamento.
A maior concentração de índios está no Norte e, segundo o IBGE, a região abriga 342 índios de diversas etnias (38% do total). Amazonas, Pará e Roraima são estados com a maior concentração indígena. No decorrer das décadas, os estados do Norte receberam grandes levas de imigrantes de outras regiões, sobretudo do Nordeste.
Além do intenso extrativismo vegetal, de produtos como látex e madeira, a região é rica em minérios. Lá estão a serra dos Carajás (PA), a mais importante área de mineração do país, rica em manganês, ferro e ouro, e a serra do Navio (AP). A economia foi fortemente beneficiada com a instalação, no fim da década de 1960, da Zona Franca de Manaus, baseadas em políticas de incentivo fiscal. Com mais de 500 indústrias, o Polo Industrial de Manaus responde a cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas.

Ficheiro:Serra do mar paraná.jpg
A floresta Amazônica é uma das áreas com maior biodiversidade do mundo.

Nordeste: 

Formada por nove estados (Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Bahia, a maior parte da região é constituída por extensos planaltos, antigos e aplainados pela erosão. Os climas predominantes são o tropical e o semiárido, com grande parte do território coberta pela Caatinga. 
O Nordeste reúne os mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, com altas taxas de mortalidade infantil, desnutrição e analfabetismo.
A história nordestina é marcada pelos movimentos migratórios. No fim do século XIX, o ciclo da borracha na Amazônia deu início à migração dos nordestinos, que aumentou no século XX para o sudeste, com a industrialização, e para o Centro-Oeste com a construção de Brasília. Além da atração econômica de outras regiões, os fluxos migratórios são motivados pelos períodos de seca.
Nos últimos anos a economia nordestina vem apresentando crescimento. Com a guerra fiscal (concessão de benefícios fiscais pelos governos estaduais com objetivo de atrair empresas), uma série de indústrias se instalou em estados nordestinos para fugir da carga tributária mais pesada no Sul e no Sudeste. Além disso a região é a segunda produtora de petróleo do país, lá funciona um dos polos petroquímicos mais importantes: o de Camaçari (BA). Apesar de longos períodos de seca, a pecuária e a agricultura vem ganhando destaque. A cana-de-açúcar é o produto agrícola de destaque, mas as lavouras irrigadas de frutas tropicais têm crescido em importância na produção nacional. Outro setor relevante na economia nordestina é o turismo. Os pontos mais visitados são as praias de Salvador, Fortaleza, Natal e Fernando de Noronha. 

 
Porto de Galinhas (PE) é um dos pontos turísticos do Nordeste.

Centro-Oeste: 
                                                           
Formada pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e pelo Distrito Federal, região que se localiza no extenso planalto central. Seu relevo se caracteriza por terrenos antigos e aplainados pela erosão, que originam chapadões. O território também abriga a planície do Pantanal Mato-grossense, cortada pelo rio Paraguai. O clima é tropical semi-úmido e úmido, com chuvas de verão. A vegetação é de Cerrado nos Planaltos. No Pantanal, os campos cerrados dividem espaço com a floresta.
Ainda no Brasil colônia, o povoamento do Centro-Oeste resulta de dois movimentos migratórios. Um vem do Sul e do Sudeste, em virtude do transporte de gado às fazendas que começaram a se instalar-se das ações dos bandeirantes paulistas. No século XX, as maiores ondas migratórias vêm do Nordeste e ocorrem a partir dos anos de 1950, com a construção da nova capital federal, Brasília.
O crescimento econômico da região deve-se, sobretudo, ao bom desempenho do setor agropecuário. Com cerca de 70 milhões de cabeças de gado, o rebanho bovino do Centro-Oeste é o maior do país. Na agricultura os produtos mais importantes são o algodão, o milho e, principalmente, a soja, cuja a colheita corresponde a mais da metade da produção nacional.


Congresso Nacional: Poder político no Brasil, localizado em Brasília (DF)

Sudeste:

Formada por quatro estados, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, a região situa-se na parte mais elevada do planalto Atlântico, onde estão as serras da Mantiqueira, do Mar e do Espinhaço. Os climas predominantes são o tropical úmido, tropical semi-úmido e o tropical de altitude. A mata tropical nativa que cobria o litoral e boa parte do interior foi devastada durante o povoamento.
O relevo planáltico do Sudeste confere o grande potencia hidrelétrico da região. Em Minas Gerais ocorre o encontro das nascentes de duas importantes bacias hidrográficas: A do rio Paraná, e a do Rio São Francisco.
A região é a que mais concentra a maior população do país, com cerca de 81,5 milhões de habitantes em 2012, mais de 40% do total brasileiro. É também a que tem maior densidade demográfica e o mais alto índice de urbanização: 93%. Abriga as duas mais importantes metrópoles nacionais: São Paulo e Rio de Janeiro. Com Belo Horizonte, as três formam as maiores regiões metropolitanas do país, reunindo 20% da população.
Com o maior parque industrial do Brasil, o Sudeste responde mais da metade do PIB nacional. Os serviços e o comércio são os principais ramos da atividade. Além disso a parte litorânea abriga a maior parte das jazidas de petróleo do país.

 
93% dos habitantes da região Sudeste vivem em cidades

Sul:

Formado por três estados, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a região vive sob a influência do clima subtropical, responsável pelas temperaturas mais baixas registradas durante o inverno.
A vegetação acompanha a variação de temperatura: nos locais mais frios predominam as matas de Araucária (pinhais), que estão reduzidas a 2% da área original, e os pampas que são campos de gramíneas.
A região é marcada pela chegada dos imigrantes europeus, a partir da primeira metade do século XIX, que contribuíram para o desenvolvimento da economia, baseada na pequena propriedade rural de policultura.
A localidade apresenta os melhores indicadores de  mortalidade infantil, educação e saúde do país e possui a segunda maior renda per capita, inferior apenas a do Sudeste.
O setor de serviços corresponde a maior parte da riqueza da região, com destaque para os setores metalúrgicos, automobilístico e têxtil. A agropecuária também é importante: o Sul detém a cerca de metade da produção nacional de grãos. Existe também um grande potencial hidrelétrico com destaque para a Usina de Itaipu, localizada no rio Paraná, na fronteira do Brasil com o Paraguai.

A região Sul devido a imigração apresenta aspectos europeus.



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