A Terra está continuamente reciclando as suas rochas. O material que chega a superfície é erodido, transportado e acaba retornando ao seu interior, onde o ciclo reinicia. Esse processo é conhecido como ciclo das rochas ou ciclo geológico. A energia que impulsiona o ciclo provém do Sol (que alimenta os processos de erosão) e do interior da Terra (que gera atividade vulcânica e elevação).
Rochas Ígneas ou Magmáticas:
O magma - que chega à superfície através de vulcões - possui uma misturas de óxidos (compostos com oxigênio) e silicatos (compostos com silício e oxigênio). Ao se esfriar e se solidificar, os óxidos e silicatos dão origem a uma mistura complexa de cristais minerais. A natureza e a propriedade dos cristais dependem da composição do magma e das condições físicas sob as quais se cristalizou. Como ambas variam muito, existem milhares de tipos diferentes de rochas ígneas.
As rochas ígneas que se formam sob a superfície são conhecidas como extrusivas. As que se formam dentro da crosta, a partir do magma que não chega a atingir a superfície, são chamadas de intrusivas. Essas resfriam-se mais lentamente porque, estando entre outras rochas e não tendo contato direto com o ar, seu calor demora s se dissipar. Como resultado, seus cristais têm mais tempo para crescer e seus grãos minerais são maiores.
Apesar da grande variedade, apenas seis delas são responsáveis pela maior parte dos componentes ígneos da crosta: granito, diorito e gabro, rochas intrusivas de grãos grosseiros, e riólito, andesita e basalto, rochas extrusivas de granulação mais fina.
Grande parte da lava produzida nas bordas das placas construtivas é formada de basalto. O basalto e a andesita são gerados em bordas de placas destrutivas, assim como, às vezes, o riólito. O granito é comum na crosta continental superior, enquanto o gabro predomina na crosta continental inferior.
Basalto
Rochas Sedimentares:
Pelo menos 75% das rochas sedimentares são clásticas, derivadas dos produtos da erosão de outras rochas. Todas as rochas, inclusive as de grandes cadeias de montanhas, são reduzidas a fragmentos cada vez menores. Partículas suficientemente pequenas são transportadas por água, veto ou gelo indo normalmente se depositar no fundo dos oceanos, onde são compactadas, formando rochas duras. A rocha sedimentar mais comum é o arenito.
Os 25% restantes dos sedimentos são de origem química ou orgânica. Os rios dissolvem os minerais das rochas pelos caminhos por onde passam e as soluções minerais vão para os oceanos. quando o ponto de saturação de um determinado mineral é atingido, o excesso se precipita na forma de partículas sólidas, que vão para o fundo do oceano. A rocha sedimentar química mais comum é o calcário (Carbonato de Cálcio - CaCO3).
Nem todo calcário, entretanto, se precipita quimicamente. Muitos organismos oceânicos extraem o carbonato de cálcio da água para construir suas conchas; quando morrem, suas conchas afundam, dando origem a sedimentos que serão reaproveitados para outros organismos. A rocha sedimentar orgânica mais comum é também o calcário, embora alguns organismos produzam sedimentos de sílica (SiO2).
A maior parte das rochas sedimentares é uma mistura de rochas de origem clástica, química e orgânica, sendo que, em geral, um dos tipos predomina sobre os outros.
Calcário
Rochas Metamórficas :
Quando as rochas ígneas ou sedimentares são submetidas a altas temperaturas e pressões, principalmente em presença de fluídos infiltrantes, sua estrutura interna, e às vezes até a sua composição mineralógica, sofre alterações. Os processos são conhecidos coletivamente como metamorfismo. A temperatura e a pressão necessárias para que o metamorfismo ocorra são, respectivamente, de 300º C e 100 megapascais.
As condições mais extremas na crosta terrestre ocorrem nas bordas das placas, onde os continentes colidem-se entre si. Dependendo da temperatura e da pressão, vários graus de metamorfismo se manifestam; no mais intenso (alto grau), a estrutura das rochas, os poros e até mesmo os fósseis encontram-se tão obliterados que o tipo original da rocha não pode ser mais identificado.
Em decorrência do realinhamento dos minerais sob pressão, muitas das rochas metamórficas apresentam camadas ou faixas. Às vezes, a sobreposição das camadas não é visível, mas pode ser detectada pela maneira de como a rocha se quebra. Um exemplo comum desse caso é a ardósia, que se quebra com facilidade em lâminas finas, ao longo de seus planos de acamadamento.
Nem todas as rochas metamórficas, contudo, apresentam camadas. O mármore, formado pelo metamorfismo do calcário, e o quartzito, derivado do arenito, são exemplos de rochas metamórficas sem camadas.
Mármore
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