Eles surgem, sobretudo, por causa da ação das águas da chuva. E parte delas se infiltra pelas áreas mais permeáveis e outra parte escorre pela superfície em direção a terrenos mais baixos, formando pequenos filetes que, à medida que se juntam, criam fios maiores, pequenos riachos e, finalmente rios. A água se infiltra no solo e penetra até as camadas mais inferiores, formadas de rochas impermeáveis, e lá continua se movimentando subterraneamente conforme a inclinação da camada rochosa. Mais adiante, então, ele retorna a superfície, também alimentando os rios.
Há também aqueles que tem origem no derretimento da neve acumulada no cume das montanhas: É o caso do Amazonas, que, além das águas das chuva, é formado por neve derretida dos picos da cordilheira dos Andes.
Novos afluentes podem aparecer quando, pela ação de terremotos ou vulcões, o relevo de uma paisagem é alterado, surgindo novas elevações ou depressões - e, com elas, caminhos alternativos para a água escorrer.
O QUE É UMA FRENTE FRIA?
É o limite que separa duas massas de ar, uma quente que perde espaço, e outra fria, que avança. Trata-se de um mecanismo natural da atmosfera para compensar diferenças de temperatura no planeta. Avançando com velocidades de 30 Km/h, o ar frio e seco, mais denso, empurra a massa quente e leve para cima. Se houver umidade suficiente, a passagem da frente causará chuvas intensas, com direito a granizo, raios e trovões. Mas as mais severas podem provocar queda de até 10ºC em apenas uma hora.
No Brasil , as regiões mais atingidas pelo fenômeno são a Sudeste e a Sul, onde também podem ocorrer geadas. Isso acontece porque, na América do Sul, a maioria das frentes frias se origina nas latitudes médias, ao extremo sul do continente. Com seu avanço, contudo, as frentes perdem energia e velocidade, e ao contato com o solo quente reduz o frio das massas de ar. Por isso, é tão raro uma frente fria chegar até o Nordeste.
Não é possível evitá-las, mas já dá para se preparar melhor para esses baforadas geladas. Hoje, a meteorologia, consegue prever com cerca de cinco dias de antecedência a chegada de uma frente fria ao país.
PORQUE AS ÁGUAS DO RIO NEGRO SÃO ESCURAS?
Porque são tingidas por ácidos liberados no processo de decomposição de
sedimentos orgânicos - o que não falta na floresta. Ao longo de 1,7 mil
quilômetros, o Negro recebe naturalmente grande quantidade de restos de
folhas, arbustos e troncos. No leito do rio, esses sedimentos são
dissolvidos e decompostos. Nesse processo, ocorre a liberação de ácidos,
que dão à água aquela cor de chá. Outro fator
importante é a idade avançada do terreno da região. O rio Negro corre em
uma área rochosa, de formação geológica muito antiga. Por isso, sua
passagem não provoca a erosão das margens - como ocorre com outro grande
rio amazônico, o Solimões - impedindo que assuma a cor barrenta. No
encontro desses dois rios, que se juntam para formar o Amazonas, o
contraste fica evidente: Ao longo de 6 quilômetros, as águas escuras do
Negro correm ao lado do caudal marrom do Solimões. Os volumes demoram a
se misturar porque há diferença de temperatura e de velocidade das
correntezas dos rios. Enquanto as águas do Negro marcam 22ºC e correm
mansas, a 2 km/h, o Solimões avança de 4 a 6 km/h com uma temperatura de
28ºC. Depois da confluência, o Amazonas passa a ter águas barrentas
como as do Solimões - que leva a melhor no encontro porque tem maior
volume de água.
PORQUE A ÁGUA DO MAR É SALGADA?
Durante centenas de milhões de anos, a chuva foi formando os rios - que,
por sua vez, dissolveram rochas de diferentes períodos geológicos, nas
quais o sal comum, cloreto de sódio (NaCl), é encontrado em abundância.
Como todos os cursos dágua correm para o oceano, os mares ficam com
quase todo o sal dissolvido nesse processo. Além disso, as partículas de
cloro e de sódio suspensas na atmosfera também são levadas pela chuva,
completando o processo. Ainda assim, a salinidade de uma massa de água
depende principalmente de sua taxa de evaporação, que acaba determinando
a concentração do sal. É por isso que lagos e açudes podem tornar-se
salgados em regiões de muito calor, como ocorre no Nordeste brasileiro.
Por essa mesma razão, os mares equatoriais são mais salgados que os
polares. Os mais salgados do planeta são o Mar Morto, no interior da
Ásia, e o Mediterrâneo. O menos salgado é o Mar Báltico, no norte da
Europa, que, por causa do seu baixo teor de sal, chega a ficar congelado
durante o inverno
Fonte: Mundo Estranho
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