domingo, 13 de outubro de 2013

Aula: Urbanização

Desde a revolução industrial, as cidades se converteram em verdadeiros polos de atração de pessoas. Entenda como se deu esse processo de formação dos centros urbanos:


Em 2008, a população mundial atingiu um marco histórico: pela primeira vez, o planeta passou a ter mais pessoas vivendo na cidade do que nos campos. Essa transição para um planeta mais urbano começou a ser materializada no século XVIII, durante a Revolução Industrial, iniciada na Europa, seguida pelos Estados Unidos e pelo Japão no século XIX, e pelos atuais países em desenvolvimento após a segunda guerra mundial. 
Na Europa nos séculos XVIII e XIX, as fábricas precisavam de um número crescente de operários para produzir bens manufaturados em larga escala. Atraídos pelas promissoras oportunidades, um grande contingente de homens e mulheres migrou do campo para as cidades. Durante o século XIX, as cidades industriais cresceram, particularmente na Inglaterra, que chegou a ter 52% dos ingleses vivendo em centros urbanos em 1850. Além disso contribuiu para o desenvolvimento das cidades a expansão populacional ocorrida no século XVIII, em virtude, principalmente, da redução da fome e da melhora das condições de saúde. 
As nações ricas apresentam altas taxas de urbanização, com pelo menos 75% da população morando em cidades. Na Europa, o crescimento da indústria durou muito tempo e levou a uma urbanização lenta, que permitiu maior planejamento nas cidades, seja no projeto de áreas residenciais, seja na construção de redes de água e esgoto, de eletricidade, de ruas e avenidas, de linhas de trem e metrô, além de servições públicos como escolas e hospitas.


Cidades Caóticas:

Geralmente, a vida urbana nos países desenvolvidos traz um acesso maior e melhor a recursos do que nações em desenvolvimento por causa de diferenças no processo histórico. A América Latina, por exemplo, vivenciou uma urbanização mais tardia e veloz , sem que as cidades se planejassem para receber o enorme fluxo de pessoas. Com isso, os serviços públicos ficam saturados, já que a ampliação da infraestrutura não pode ser feita na agilidade necessária. Outra consequência é que, nesses centros urbanos hipertrofiados, os empregos se tornam mais disputados, aumentando a pobreza e diminuindo a qualidade de vida.
O processo de urbanização nos países mais pobres só tendem a se intensificar. De acordo com o programa das Nações Unidas para Assentamentos Urbanos (UN Habitat), em média, 5 milhões de pessoas migram por mês para as cidades no mundo em desenvolvimento. Os principais motivos para o êxodo rural, migração do trabalhador do campo para as cidades, são a má distribuição de renda e a concentração das oportunidades nos centros urbanos. Também contribuem para esse deslocamento a falta de políticas agrárias e investimentos governamentais na agropecuária, assim como a mecanização da produção agrícola, que faz com que a mão de obra seja cada vez menor.


Urbanização no Brasil:

No Brasil, o processo de urbanização deslanchou após a II Guerra Mundial (1939 - 1945). Em 1950, a população rural brasileira somava 64% do total do país. Em 1970, o número caiu para 44% e, em 1996, para apenas 22%. O censo de 2000 indicou que mais de 80% dos brasileiros viviam em áreas urbanas.
As indústrias da Região Sudeste, especialmente na cidade de São Paulo, exerceram enorme poder para atrair a força de trabalho para os centros urbanos. Mas regiões como o Centro-Oeste, especialmente com a fundação de Brasília (1960), e o Sul também possui muitos habitantes nas cidades.Os menores níveis de urbanização encontram-se na Amazônia e no Nordeste.

Conurbação e Regiões Metropolitanas:

Quando estudamos urbanização e suas consequências, é importante compreender dois conceitos fundamentais: conurbação e região metropolitana.
CONURBAÇÃO é quando as aglomerações urbanas de duas cidades se encontram, formando uma única mancha urbana. É o que se observa ao redor do município de São Paulo, em que ficaram fisicamente emendadas a capital e várias outras cidades que se encontram a sua volta.
Uma cidade que está no centro de um processo de conurbação é chamada de metrópole, as cidades próximas formam a sua REGIÃO METROPOLITANA. No Brasil, porém, a região metropolitana é um conceito administrativo utilizado para definir políticas públicas comuns para grupos e cidades vizinhas. O governo do estado pode decidir que certa área é uma região metropolitana. O Brasil possui 36 regiões metropolitanas, as cinco mais populosas são São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife.


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